terça-feira, 5 de julho de 2011


Ela depois de uma briga: Estúpido, grosso, idiota. Dá mais atenção pros amigos do que pra mim, só sabe jogar futebol e ficar nesse video-game, o que dá no mesmo. É tudo que consigo pensar depois de uma discussão boba onde metade das palavras que usei foram pra chamar tua atenção e a outra metade delas pra dizer que é justamente dessa tua atenção que preciso, essa atenção seguida do teu olhar doce, dos teus braços desajeitados em torno do meu corpo e das tuas mãos firmes segurando as minhas como um sinal de que “nada é mais forte que o nosso amor” e aí então, por um instante eu posso deixar de ser essa chata e paranóica de sempre e te peço desculpas porque ainda que no fundo a certeza de que você é só meu faz com que eu esqueça todas as malequices que pensei antes.
Ele depois de uma briga: Cara ela me estressa. Ela fala que dou mais atenção para os meus amigos ou video-game do que pra ela. Tipo, pirou né?! Ela não leva em consideração as horas que ela fica no salão, pra falar a verdade nem são horas, ela fica o dia inteiro lá fofocando da vida dos outros, tudo bem que ela fica mais linda, mas aposto que mais que a metade do tempo ela fica falando sem parar. E quando a gente vai sair?! Ela não passou o dia todo no salão?! Porque essa eternidade pra arrumar?! Eu não entendo. Mas enquanto isso eu tenho que me distrair, conversar com meus amigos e jogar um futebol, e ela não pode entender isso. Mas também tem horas que eu não ajudo, fico estressado por pouca coisa, e por segundos me distraio e esqueço que ela é tudo pra mim e brigamos. Enfim, vou ir lá pedir desculpas, porque não consigo ficar muito tempo longe dessa chata perfeitinha

Perdão, eu não gosto de pessoas só porque são bonitas. - Hermione Granger

Sabe a Maria do Big Brother? A Maria, aquela que teve um rápido affair com o nada-bonito-Maurício. Maria, aquela que depois que o nada-bonito saiu da casa arrastou asa para o Wesley. Maria, que depois que o Maurício voltou pra casa se arrependeu. Maria, aquela que bebe e mostra a bunda na televisão. Maria, aquela que diz Maurício-gosto-de-você baixinho no ouvido. Maria, aquela que perde o foco, a noção, o norte, o jeito, o gesto. Maria, aquela que esquece a dignidade no fundo do copo. Maria, aquela que ataca o cara, chora pelo cara, quer de todo o jeito beijar o cara, é louca pelo cara, tarada, maníaca, doente. Pois bem, essa é Maria. Maria, que já foi uma das Felinas. Maria que, diz a lenda, já fez uns bicos na profissão mais antiga do mundo. Não me importo com o passado da Maria. E eu digo: gosto da Maria, pois o que importa é o que a Maria representa, o que a Maria é, o que a Maria nos faz ver. Eu me enxergo na Maria. Eu enxergo muitas mulheres na Maria. E eu repito Maria-Maria-Maria. A Maria representa nossas lágrimas, nosso rímel borrado, nossos porres, nossas ligações na madrugada, nossos fiascos, nossas insanidades. A Maria representa aquela mulher que já perdeu a cabeça e o juízo por causa de um homem. A Maria é aquele comportamento que você teve sábado passado quando, bêbada e ofendida, mandou 34 mensagens para o celular do ex-namorado. A Maria sou eu agora que corre atrás de um cara que me faz de gato e sapato