Ela não vai assumir jamais, mas ela sabe que, no fundo, por mais que ela queira, não consegue ficar brava com ele. Por mais brincadeiras de mau gosto ou apelidos inconvenientes que ele faça, por mais bobo e infantil que ele se torne, rindo à toa ao lado dela, ela não consegue brigar com ele. Ela precisa da presença dele, isso a faz sentir bem. E ele também, apesar de não admitir. No fundo, ele também precisa dela, porque é ela quem o faz sorrir, e rir das coisas mais idiotas, e tornar qualquer objeto ou assunto aleatório mais uma história que só os dois conhecem. Os dois compartilham um segredo, e quando se olham, a ideia parece divertir os dois. Às vezes, ao cair da noite, ela lembra dele e sorri. Às vezes, ao acordar, o primeiro pensamento dele é ela. E assim seguem os dois deixando tudo no passado, mas sem fazer esforços pra esquecer a história que tiveram. E só na presença um do outro, os dois são plenos, e felizes. Bobocas, idiotas, mas completos um com o outro. E sempre sorrindo.
